BSS AR-133 Active DI Box

Descrição

Alta estabilidade mecânica e elétrica

Por Stefan Kosmalla da edição tools4music 02/2010
Durante dias, toda a mesa do laboratório esteve cheia de todo o tipo de caixas pequenas e de material de embalagem correspondente. Estas são caixas DI de vários designs, incluindo versões de dois canais, ideais para aceitação de teclado em estéreo. Uma vez que estamos sempre a receber pedidos para a selecção da caixa DI “direita”, criámos uma configuração de teste com a qual os modelos activos e passivos podem ser directamente comparados.

As caixas DI executam tarefas essenciais no campo da aceitação de instrumentos. Sem eles, uma performance ao vivo com amplificação eletrônica de instrumentos musicais não seria possível, com exceção dos captadores de microfone ou do infeliz compromisso de alimentar diretamente a mesa de mixagem. O D(irect) I(njection)-Box tem várias tarefas para executar. Primeiro de tudo, a conversão em um sinal equilibrado seria digno de menção, porque as saídas de captadores ou teclados, por exemplo, são todos desequilibrados. Sem transmissão simétrica de sinal em cabos multicondutores longos entre o palco e a mesa de mixagem, a interferência de zumbido e RF pode causar interferência de som. O ajustamento da impedância também deve ser mencionado. Por exemplo, um pickup de guitarra tem uma impedância de saída de várias centenas de quilohms. A ligação directa à entrada do misturador de baixa impedância (normalmente 2 kOhm a 10 kOhm) resultaria num som baixo e fino. A caixa DI fornece uma solução, neste caso uma versão ativa. Devido à sua entrada de impedância muito alta, o pickup não está sujeito a nenhuma carga significativa e o espectro de frequência pode ser totalmente desdobrado. A caixa DI não só converte o sinal numa forma equilibrada, mas também converte a impedância. Se uma caixa DI passiva com uma entrada de impedância significativamente menor fosse selecionada para a mesma aplicação, um sinal balanceado estaria disponível, mas com uma queda considerável no nível e má reprodução do som. As conexões são completamente diferentes quando usadas em uma saída de teclado. Esta é uma fonte de baixa impedância que não tem problemas em controlar a entrada de impedância relativamente baixa de uma caixa DI passiva. Pelo contrário, a atenuação de nível das caixas DI passivas devido ao design dos alto-falantes acomoda a sensibilidade de entrada do seguinte pré-amplificador de microfone. Mas há outra tarefa das caixas DI, nomeadamente o isolamento galvânico entre os potenciais de terra do P.A. e o círculo de terra da banda/músico. Para este fim, o usuário usa a chave marcada como “Ground Lift” e desconecta a conexão entre o ponto de aterramento dos soquetes de entrada e o ponto de aterramento dos soquetes de saída. Esta medida pode prevenir eficazmente o zumbido ou zumbido irritante. Infelizmente, nem todas as caixas DI possuem um circuito de elevação de terra totalmente isolado electricamente. Em alguns modelos, um resistor ou capacitor permanece no circuito de terra e não há conexão completamente isolada eletricamente entre o instrumento e o sistema de corrente alternada. Em última análise, é precisamente esta restrição que pode tornar uma ou outra caixa DI menos adequada para algumas aplicações.

Estrutura da DI-Box
Basicamente, uma caixa DI consiste de um transformador de áudio de baixa frequência, um interruptor de elevação de terra, a tomada de entrada e uma tomada adicional conectada do mesmo tipo, bem como uma tomada de saída XLR. Com a caixa DI activa, é ligado um pré-amplificador electrónico adicional entre a tomada de entrada e o transformador de áudio. Sua tarefa é projetar a entrada com alta impedância e assim adaptá-la ao transformador de áudio. Este pré-amplificador requer uma tensão de funcionamento que pode ser obtida directamente a partir da alimentação fantasma da mesa de mistura. Alternativamente, a maioria dos modelos pode ser comutada para a operação com bateria. O transformador de áudio é basicamente um transformador normal, embora com uma precisão de enrolamento muito elevada e núcleos de transformador especiais. Ele “cuida” das relações de translação entre entrada e saída e as conversões de nível e impedância resultantes. A qualidade do transformador é decisiva para a qualidade da caixa DI. Isto também se reflecte, em última análise, no preço, porque os fabricantes de transformadores como Lundahl ou Jensen não oferecem os seus produtos ao preço de revenda. Um transformador custa três vezes o preço de compra de algumas caixas DI de baixo orçamento. Alguns fabricantes fornecem a seus modelos recursos adicionais como fase comutável, circuitos de filtragem para redução de altura ou estágios de atenuação de nível comutável. Além disso, existem projetos especiais para aplicações multicanal, ou versões especiais 1:1 com entradas Cinch. Nosso campo de teste também mostra alguns representantes desses projetos especiais. O alto preço de bons transformadores de áudio leva alguns fabricantes a não construir uma caixa DI real, mas apenas um conversor “assimétrico a simétrico”. O projeto de tais amplificadores de balanceamento ativo é muito semelhante ao circuito de entrada de uma caixa DI ativa. A diferença decisiva é que a correspondência electrónica de impedância não é utilizada como uma corrente de accionamento para o transformador de áudio, mas é ligada directamente às tomadas de saída através do circuito electrónico incorporado. Tais versões basicamente ativas não fornecem isolamento galvânico entre o sinal e o sistema amplificador, mas são, no entanto, adequadas para a conversão de impedância.

BSS
O nosso vencedor do teste, o muito bem processado AR-133 do fabricante inglês BSS é um ícone da liga superior e tenho vindo a usá-lo no palco há anos. Com sua carcaça inconfundivelmente verde e poderosos protetores de borracha, esta caixa DI convence com uma distância de zumbido muito boa e entradas de macaco e XLR. A atenuação comutável de 20 e 40 dB, que é difícil o suficiente para ser ajustado durante o manuseio, bem como uma resposta de freqüência muito equilibrada em diferentes impedâncias de fonte justificam o preço de compra de cerca de 119 euros. O AR-133 não adiciona qualquer atenuação de nível ao sinal, mas também alcança o fim do mastro com +12 dBu sem redução de nível. Este modelo tem sido um “self-runner” por anos e pode ser encontrado em estágios de todos os tamanhos – e com razão! Parabéns aos engenheiros da BSS.